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Na noite desta segunda-feira, em Diadema, os motoristas que saíram do trabalho ainda esperavam a água baixar para chegar em casa.
“Eu demoro normalmente 40 minutos e demorei umas três horas sem brincadeira“, afirmou o motorista.
Foi um dia de prejuízos para os comerciantes de Diadema. Deixaram de vender, perderam parte dos estoques e ainda vão passar a madrugada trabalhando na limpeza.
Um empresário teve o posto de combustíveis e a lanchonete invadidos pela água.
“Meu prejuízo foi de por volta de R$ 5 mil“, disse o empresário.
No início da noite, os bombeiros conseguiram resgatar os passageiros de quatro ônibus que ficaram presos na avenida Piraporinha, limite com São Bernardo do Campo.
A ajuda também chegou para uma senhora, que foi resgatada de bote pelos bombeiros.
O centro de Diadema foi coberto pela água barrenta.
Ilhadas, as pessoas se dividiam entre esperar ou subir os muros para voltar para casa.
Em Santo André, a água invadiu a linha de trens. Ruas próximas ao terminal foram inundadas.
Um motoqueiro não quis arriscar.
“Tem que desistir, porque perder a moto, não tem como”, afirmou.
André tentou, mas não conseguiu.
“Quebrou, prejuízo total”, disse André.
Prejuízo também para Luís, pego de surpresa pela água.
“Não deu tempo, de repente começou encher. Fui tentar sair e o carro morreu”, afirmou Luís.
Uma mulher tirou os sapatos para pular a correnteza e, por muito pouco, não sofre um grave acidente.
O repórter Wallace Lara esteve em Santo André.
A chuva inundou rapidamente ruas e avenidas em Santo André. Imagens mostram a avenida Santos Dummont, que liga Santo André a Mauá.
Na capital, não demorou para que toda a cidade entrasse em estado de atenção, às 19h.
Horário em que também foi registrado o pico do congestionamento, que chegou a 121 quilômetros.
Na Haddock Lobo, rua do comércio do bairro dos Jardins, a água encobriu a calcada e com ela arrastou sacos de lixo.
O túnel que liga as Avenidas Paulista e Doutor Arnaldo alagou e atrapalhou o trânsito. Os carros só passavam pela faixa da esquerda.
Outras regiões - Em São Roque, cidade a 60 quilômetros de São Paulo, foi encontrado nesta segunda-feira o corpo de um homem de 28 anos que foi vítima das enchentes. Desde o dia primeiro de dezembro 70 pessoas morrem causa das cheias.
No Paraná, foi confirmada nesta segunda-feira a quinta morte na região mais castigada, o norte do estado.
Em todo o estado, 24 cidades foram castigadas pelos temporais. Em Tomazina, a chuva nesta segunda-feira deu uma trégua, mas ainda falta água na cidade e os supermercados já não tem mais água mineral.
A 120 km dali, a rodovia que leva a Sengés está interditada. A cidade só não está completamente isolada por que foi aberto um desvio em uma fazenda da região. Como caminhões não conseguem passar, a cidade vive um racionamento de combustível.
Do G1
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