quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Brasil poderá emprestar até 14 bilhões de dólares ao FMI

O ministro da Fazenda Guido Mantega anunciou nesta quarta-feira que o montante que o Brasil emprestará ao Fundo Monetário Internacional (FMI), antes na casa dos 10 bilhões de dólares, poderá atingir 14 bilhões de dólares. Segundo ele, esse aumento de valor havia sido decidido em reunião do G-20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo).

A decisão garante que os BRICs, o grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China - as economias emergentes -, passarão a ter poder de veto na linha de crédito conhecida como NAB (sigla em inglês para Novos Acordos de Empréstimo). De acordo com Mantega, as novas regras preveem que os empréstimos feitos com o dinheiro do NAB tenham de ter aprovação de 85% dos cotistas do fundo.
O ministro explicou que o veto do BRIC poderá ser feito porque, juntos, os quatro países detêm um pouco mais de 15% das cotas. "Criamos um fundo monetário internacional (FMI) do B", brincou o ministro, ao comentar que a nova carteira terá grande poder de empréstimo. Ao todo, o NAB é composto por 28 países e cabe ao FMI solicitar os recursos dessa carteira.
Mantega explicou ainda que os 14 bilhões de dólares do Brasil ficarão no país, como parte das reservas internacionais, hoje na casa dos 235 bilhões de dólares. "É como se fosse um cheque especial", disse Mantega. Ele acrescentou que, se o FMI precisar de recursos, vai ao NAB para solicitar a liberação do crédito. O Brasil, ao fazer o empréstimo ao FMI, recebe direitos especiais de saque - um papel conversível a qualquer momento. "O empréstimo não mexe com as reservas", garantiu o ministro.

Fonte http://www.veja.abril.com.br/

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