sábado, 16 de janeiro de 2010

Depois do terremoto no Haiti




É o fim do mundo, grita a haitiana.

A terra tremeu,
o fogo queimou,
as casas caíram.

Vítimas sangram no meio da rua.

Um soterrado pede ajuda,
uma mão sai de uma parede,
uma cabeça sobre uma pedra.

Corpos, corpos, corpos.

Ainda está balançando,
eu não posso ficar neste lugar,
preciso de ajuda.

Gritos, gritos.

Zilda Arns morreu numa igreja.
Um menino olha para o céu.

Deus não vê a dor dos homens,
eu sofro, eu cego Deus.

Do Blog poesia cronica

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