quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Mistério envolve morte de sociólogo baleado no Piauí

A morte de um pernambucano, alvejado com dois tiros nas costas, após supostamente ter furado um bloqueio policial na cidade de Paulistana, no Piauí, ainda está envolta em mistério. Segundo o chefe da Polícia Civil do Piauí, James Guerra Júnior, o sociólogo Hélder José Maia Barreto, 41 anos, pode ter sido confundido com assaltantes. Segundo o delegado, uma empresa de ônibus interestadual teria informado à polícia que um dos seus coletivos estaria sendo seguido por um veículo (um Gol) com características semelhantes ao dirigido pelo pernambucano, que chegava ao estado. "Como os policiais estavam com essa informação e o motorista, segundo eles, não parou na blitz, ele acabou sendo perseguido e o carro chegou a capotar. O que não está explicado ainda é o fato de ele ter sido alvejado", afirmou Guerra. Hélder José Maia Barreto morreu um dia depois, no Recife.

O caso aconteceu por volta das 23h da última segunda-feira e está sendo investigado pela Polícia Civil do Piauí, com apoio da polícia pernambucana. Após ter sido baleado, Hélder chegou a ser trazido, na terça-feira, em um voo fretado, para o Hospital Memorial São José, no Recife, onde morreu às 23h do mesmo dia. O corpo do sociólogo está sendo velado desde o fim da tarde de ontem, na capela do Cemitério de Santo Amaro. O sepultamento deve acontecer na manhã de hoje.

As informações iniciais apontam que Hélder tinha ido passear no estado onde acabou sendo morto. Até agora, nenhuma autoridade soube explicar o que pode ter acontecido exatamente. A família da vítima, que mora no bairro de Apipucos, no Recife, não quis falar sobre o caso. Por conta da vítima ter falecido no Recife, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foi acionado para fazer as investigações iniciais. O delegado Paulo Roberto confirmou que haverá uma cooperação da polícia pernambucana no caso. "Vamos trabalhar em conjunto com a polícia do Piauí. Lá, as autoridades vão dar sequência ao inquérito", afirmou o delegado.

Ainda segundo Paulo Roberto, que conversou com o pai de Hélder, a vítima era uma pessoa bastante querida, tranquila e que jamais teve problemas com a polícia. Outro fato importante remete ao carro do sociólogo. "O veículo da vítima estava totalmente regular. Tanto não havia problemas, que ele foi liberado pela polícia do Piauí para ser transferido para um hospital no Recife. Se houvesse alguma irregularidade, Hélder seria custodiado e nem viria", relatou o delegado.

O chefe de comunicação da Polícia Militar do Piauí, Josué Fajúnior, informou que o comandante da PMPI, coronel Francisco Pablo, determinou a abertura de um inquérito para investigar o que aconteceu na noite em que o sociólogo pernambucano levou os tiros, possivelmente de um PM piauiense.
Do Diário de Pernambuco
 

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