segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Recife sentiu reflexo de tremor no RN

Sismólogo diz que Recife sentiu ondas superficiais do tremor no RN
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Sismólogo diz que Recife sentiu ondas superficiais do tremor no RN
Imagens: Marcionila Texeira/DP/D.A Press




Sismólogo diz que Recife sentiu ondas superficiais do tremor no RN Imagem: Rafael Dias/DP/D.A Press
Imagem: Rafael Dias/DP/D.A Press

Atualizada às 16h

O sismólogo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Joaquim Ferreira, informou hoje que os tremores sentidos em prédios do Recife são possivelmente um reflexo do tremor registrado por volta das 13h53 da tarde de hoje no Rio Grande do Norte, que durou cinco segundos e chegou a 3,8 graus na escala Richter. O epicentro foi identificado na cidade de Taipu e atingiu também o município de João Câmara e a capital Natal.

"É provável que o tremor tenha sido sentido no Recife. Geralmente, estes reflexos atingem os prédios mais altos e são chamados de ondas artificiais", diz. De acordo com o especialista, só é considerada área atingida pelo terremoto os locais onde os tremores são percebidos no térreo, o que não foi o caso da capital pernambucana. No Empresarial Palmira 2, na Conde da Boa Vista, por exemplo, os efeitos só foram percebidos a partir do quinto andar do edifício.

Ferreira minimizou os riscos das ondas superficiais e informou que não há perigo para os recifenses. Até o momento, há registro de pessoas que sentiram tremores nos bairros da Boa Vista, Santo Antônio e Casa Forte, todos no Centro e Zona Norte da cidade. O tremor de hoje no Rio Grande do Norte foi o segundo em 48 horas. No sábado, a terra tremeu 3 graus na escala Richer, sem provocar danos ou feridos.

Um residente do bairro de Casa Forte revelou ter sentido os tremores por volta das 14h. Morador do segundo andar do edifício de quatro andares Studio 17, localizado na Avenida 17 de Agosto, o professor João Paulo Fernandes, 27, mostrou-se surpreso com o ocorrido. Ele relatou detalhadamente o episódio.

“Estava com minha sogra na sala quando a mesa e o sofá começaram a tremer. Foi algo que chegou a incomodar, parecia que o prédio tinha sofrido um forte impacto. Imediatamente interfonei para o porteiro, mas ele disse que não tinha sentido nada lá de baixo”, disse.

João Paulo informou ainda que tentou entrar em contato com a Defesa Civil por telefone, mas não obteve sucesso. Segundo o professor, o porteiro garantiu que os laudos de segurança do edifício estão todos regularizados. “Sou do Ceará, mas moro aqui há um ano e nunca tinha visto algo parecido”.

Do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR,com informações da repórter Tânia Passos

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