sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Blitz lacra tanques de distribuidoras de álcool

Depois dos postos, o escândalo da adulteração do álcool foi bater nas distribuidoras de combustíveis. Em São Paulo, fiscais interditaram duas empresas que foram apanhadas na fraude do metanol.

O destino é Paulínia, o maior centro de estoque de combustíveis do país.

Foi lá que fiscais coletaram álcool de oito distribuidoras que abastecem postos da região de Campinas e de São Paulo.

Amostras de duas empresas deram positivo para metanol, um produto altamente tóxico.

“Metanol pode cegar, pode matar. Portanto, precisa ser eliminado rapidamente do mercado”, explicou o chefe de fiscalização ANP, Alcides Araújo.

Uma das distribuidoras flagradas com metanol é a Gasforte. Lá dentro há pelo menos 600 mil litros de álcool combustível e, segundo a ANP, o teste em laboratório confirmou a adulteração em duas amostras de álcool. Uma das amostras tinha 18,5% de metanol.

Tanques lacrados. Operação paralisada. A Gasforte proibiu a nossa entrada e, apesar dos apelos, ninguém apareceu para se explicar.

“Ela (a distribuidora) alega desconhecer a origem do metanol que está no tanque”, declarou o Diretor da ANP, Allan Kardec.

A adulteração começou a ser combatida esta semana, quando fiscais fecharam quatro postos que vendiam álcool batizado com metanol, em São Paulo e no ABC paulista. Os postos jogam a culpa nos fornecedores.

Próxima interdição: o vizinho da Gasforte.

Na mesma avenida de Paulínia, os fiscais entram na Sky Lub para apreender todo estoque de 300 mil litros de álcool.

O tamanho da adulteração? Álcool com 10,5% de metanol, segundo a ANP.

Um homem se apresenta como dono da distribuidora. Arlindo de Lima nega a fraude do metanol.

“De maneira alguma. Eu nem conheço metanol. Fiquei sabendo agora. Esse álcool vem de várias usinas. (A responsabilidade por esse álcool com metanol) tem que ser das usinas ou foi mexido no caminho. Não sei, agora tem que levantar”, afirmou o dono da distribuidora Arlindo de Lima.

“Nós achamos que da forma que essas empresas trabalham não é possível continuar no mercado”, disse Alcides Araújo.

Do G1

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