Arruda está preso n
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), informou na noite desta quinta-feira (11), por meio da assessoria do STF, que não vai decidir nesta noite sobre o pedido de habeas corpus do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM). Arruda está preso desde a tarde desta quinta na Polícia Federal, em Brasília. Como o ministro não vai tomar a decisão nas próximas horas, o governador passará a noite preso.
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O decreto de prisão preventiva de Arruda foi expedido após parecer da Procuradora-Geral da República. Por 12 votos a 2, os ministros da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinaram a prisão do governador e de mais quatro pessoas envolvidas na tentativa de suborno do jornalista Edmilson Edson dos Santos, conhecido como Sombra.
Ilustração: Arte/G1 (Foto: Arte/G1)
Prisão
A prisão do governador foi decidida na tarde desta quinta-feira pela Corte Especial do STJ por 12 votos a 2. Arruda é suspeito de envolvimento em esquema de corrupção que envolve membros do governo, deputados e empresários. O pedido de prisão foi baseado na suposta tentativa de suborno ao jornalista Edmilson Edson dos Santos, conhecido como Sombra. Por meio de um enviado, o governador teria proposto o pagamento de propina na tentativa de fazer com que Sombra mentisse em depoimento à Polícia Federal.
O STJ também decretou a prisão de mais quatro envolvidos na suposta tentativa de suborno: Rodrigo Arantes, sobrinho e secretário do governador, que se entregou à PF nesta noite, Welinton Moraes, ex-secretário de governo, o ex-deputado distrital Geraldo Naves (DEM), que agora é suplente, e Haroaldo Brasil Carvalho, ex-diretor da Companhia Energética de Brasília (CEB).
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, disse nesta quinta, por meio de nota, que a prisão do governador “pode ser o marco histórico da quebra da impunidade na política brasileira”. “A decisão confere esperança à sociedade de que é possível derrotar a corrupção”, disse.
A prisão também foi apoiada pelo presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Mozart Valadares Pires. Também por meio de nota, ele disse que “há fortes indícios de que o governador do DF estaria tentando destruir provas do processo no qual é acusado de corrupção. E esse é um dos requisitos para a decretação de uma prisão preventiva”.
Busca e apreensão
A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na casa de Arruda, na residência oficial e na sede administrativa do governo do Distrito Federal após a prisão do governador.A PF não informou o que foi apreendido nos três locais nem o objetivo das buscas. Os mandados foram expedidos pelo STJ, mas a PF não revelou a pedido de quem. Segundo a PF, a operação já foi encerrada.
Intervenção
A Procuradoria-Geral da República entrou no final da tarde desta quinta-feira no Supremo Tribunal Federal (STF) com um pedido de intervenção federal no governo do Distrito Federal.O pedido vai ser analisado pelo presidente do STF, Gilmar Mendes, que deu prazo de cinco dias para que o governo do Distrito Federal se manifeste sobre o assunto. O prazo para que o governo apresente sua defesa começará a ser contado a partir do momento em que a Procuradoria do DF for oficialmente comunicada sobre o caso, o que deve ocorrer nesta sexta-feira (12).
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Do G1.com
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