domingo, 25 de abril de 2010

Rasgando o Verbo na Rêde


O SIMPLÓRIO CULTURAL DE GARANHUNS (Carlos Magano)

Essa avaliação não vem erguida por despeitos, nem quaisquer outros preceitos que sirvam de argumentos para analisar essa condição na qual se postam muitas pessoas intitulando-se insignes  na quase também utópica configuração cultural de Garanhuns.

Na realidade, o que se avalia, é que os resultados de muitas manifestações dentro desse contexto mostram uma transfiguração plural, onde se pode ver na constituição fisionômica de referidas obras e até em idéias e colocações “culturais” de certos pseudo-s intelectos daqui, varias expressões roubadas de verdadeiros gênios literários. Mesmo considerando a inerência, a qual não podem evitar aqueles que vivem sempre lendo, assistindo cinema, teatro, ouvindo música, ou seja:  acompanhando a cultura na sua totalidade, mesmo assim, a nossa cultura condiciona-se a um estágio inexpressivo, e a prova, é que o nosso município não tem uma identidade cultural que lhe confira uma premissa nobre. Se responsabilizarem os políticos por esse quadro, nada mais estão fazendo do que a promoção da justiça. Enfim, é a política o mecanismo que faz gerar todos os segmentos que condicionam a vida no planeta terra.

Garanhuns adota um critério até então desconhecido pelos sociólogos, antropólogos etc., para cuidar de sua cultura. O que se vê por aqui é um grupo escolhido que comunga das aspirações políticas mandatárias, moldado às regras ditatórias. Do outro lado, ver-se um grupo tolhido por não se condicionar a isso fazendo valer de fato e de direito a expressiva postura da cultura verdadeira, que é a sua liberdade de manifestação.  Assim, verdadeiros talentos, garanhuenses ficam de fora das ações nessa área, como é o caso que vem ocorrendo no festival de inverno, mas, para calar a boca, falsos artistas, míseros atravessadores daqui são contratados a preço de banana o que é muito caro ainda, como acontece no palco da Guadalajara e também em outros, para concluir o plano da justificativa. Aí, se confirma nossa simplória condição cultural, por nada mostramos de novidade e de peso para que se acredite que aqui tem cultura de verdade.

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