FICHA LIMPA, CARÁTER SUJO (Carlos Magano)

Assim como eu, suponho que muita gente vive a se perguntar se a política está acima da justiça, isso decorrente das consideradas aberrações criminosas cometidas pelos políticos despojarem, - pelo menos no meu entendimento -, esse poder que ainda, apesar dos pesares é o cimo de esperança de um povo  de  Justiça. Se a explicação jurista para essa inconformidade for o ultrapassado código penal brasileiro e se as leis constituídas dele são estabelecidas pelos os políticos, aí é que reforça-se essa minha conclusão.  

O Projeto de Lei de iniciativa popular sobre a vida pregressa dos candidatos pretende:
Aumentar as situações que impeçam o registro de uma candidatura, incluindo: Pessoas condenadas em primeira ou única instância ou com denúncia recebida por um tribunal – no caso de políticos com foro privilegiado – em virtude de crimes graves como: racismo, homicídio, estupro, tráfico de drogas e desvio de verbas públicas. Essas pessoas devem ser preventivamente afastadas das eleições até que resolvam seus problemas com a Justiça Criminal; Parlamentares que renunciaram ao cargo para evitar abertura de processo por quebra de decoro ou por desrespeito à Constituição e fugir de possíveis punições. Pessoas condenadas em representações por compra de votos ou uso eleitoral da máquina administrativa.  

Bem meus amigos. Ainda continuo a me perguntar quem pode mais. A política ou a Justiça? Por ver acontecer freqüentemente através dos meios de comunicação essas anomalias, como no caso da Deputada Cidinha Campos afirmar em alto e bom som que um deputado carioca era ladrão, isso com provas cabais e na frente do descarado e vê-lo simplesmente aos risos, além de inúmeros casos os quais todo Brasil sabe que até o presente ninguém foi punido ou devolveu o que roubou do povo para o povo, uma angústia me alia a me conflitar, e na minha cabeça as batalhas do consciente razão com o consciente talvez vêm me causando uma certa psicoplegia e tento me sustentar em uma das frases do filósofo Sócrates “ Não penses mal dos que procedem mal; pense somente que estão equivocados”. Aí, me descaracterizo do que sou e choro admitindo essa utopia.   

Nem usando a água do Aqüífero Guarani junto às produções das indústrias de detergentes e sabões do Brasil dariam para limpar as fichas de certos políticos brasileiros. A pergunta continua: Quem pode mais. A Política ou a Justiça?  É... Eu encontrei a minha resposta. O maior de todos os poderes é o econômico. O dinheiro tudo compra, e se for com ele que se limpa as ditas fichas sujas, problema encerrado. Quanto ao caráter, se sujo, este nunca houve e é abstrato para a maioria do povo brasileiro. (Carlos Magano)

Água parada: certeza da "proliferação" desse "inofensível" bichino.