segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Mobilização do CNJ descobre 5 milhões de processos no limbo

Casos julgados em definitivo ainda não haviam recebido baixa, aumentando o índice de morosidade da Justiça


Acostumados a trabalhar sem dar satisfações sobre resultados, os juízes se defrontaram com uma novidade decidida e anunciada no 2º Encontro Nacional do Judiciário, em fevereiro. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estabeleceu a chamada meta 2 para a identificação e julgamento, ainda neste ano, de todos os processos ajuizados até 31 de dezembro de 2005.  
Veja também:
link 
Aumenta o número de juízes investigados
link
Total de sindicâncias é 653% maior comparado a 2008
link
Juízes afastados se consideram injustiçados
link
'Foi proclamada a República no Judiciário', diz Dipp
link O perigo das 'bactérias processuais' 
O pente-fino nos arquivos ajudou numa descoberta impressionante: 5 milhões de processos estavam julgados em definitivo, mas engordavam a estatística da morosidade do Judiciário, pois ainda não haviam recebido baixa. Além desses, havia 5,2 milhões de ações anteriores à espera de julgamento há mais de quatro anos.

Um processo julgado, mas não baixado, aparece para a Justiça como se ainda estivesse pendente. Um réu absolvido, após ser acusado por um crime, continua com a ficha suja até que haja a baixa do processo. Mas o efeito das sentenças independe da baixa. Uma condenação, por exemplo, passa a valer imediatamente após a publicação do acórdão, mesmo que o processo ainda conste nas estatísticas dos pendentes.

"O CNJ não persegue ninguém, não é um órgão de repressão", disse ao Estado o corregedor nacional de Justiça, Gilson Dipp. "Estamos apenas trabalhando em cima do problema mais grave do Judiciário, que é a falta de planejamento e gestão."

Leia mais em http://www.estadao.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário