sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Chega ao Haiti ajuda de todas as partes do mundo

Arrasado pelo terremoto, sozinho o Haiti não tem como salvar vítimas, dar socorro a feridos, manter a ordem ou sequer tratar dos mortos. Equipes de resgate tiveram alguns êxitos em meio ao caos.

As imagens que chegam do Haiti são terríveis.

Milhares de corpos abandonados nas calçadas desde terça-feira. Quem passa nem para para olhar. Apenas tapam o rosto para tentar se proteger do mau cheiro.

O governo informou que sete mil mortos já foram sepultados sem ser identificados, em valas comuns. Seres humanos são tratados como carcaças de animais.

Em meio à tragédia, o terremoto do Haiti também traz histórias de redenção e esperança.

Uma menina de 13 anos que os parentes conseguem retirar ilesa dos escombros.

O marido que cavou com as próprias mãos para salvar a mulher totalmente soterrada.

Um homem da Estônia, salvo no Haiti por bombeiros dos Estados Unidos.

A mulher que teve o pé amputado, mas agradece estar viva.

A americana Christa Brelsford, 25 anos, saiu do Alasca para passar 11 dias no Haiti como voluntária em um programa de alfabetização. Ela ficou presa em uma escada de casa ao tentar fugir. O próprio irmão cavou por uma hora e meia para retirá-la, mas foi preciso amputar o pé direito. Christa diz que poderia ter morrido e se sente muito grata por estar viva.

Nos escombros do prédio da ONU, o policial estoniano Tarmo Joveer passou dois dias sob os escombros. Ele era o chefe da segurança da missão.

A primeira equipe de resgate que chegou dos Estados Unidos, formada por bombeiros do estado de Virgínia, ouviu algo se mexer lá embaixo. Era Tarmo. Eles desceram uma mangueira de quatro metros com água até o local onde o estoniano estava.

Cinco horas depois, ele saiu aplaudido, com vida e energia suficiente para erguer o punho e andar sem ajuda. Segundo o chefe dele, o Secretário Geral da ONU, foi um milagre.

Nos Estados Unidos Clay Cook conta emocionado como foi o resgate da filha Jillian que passou 10 horas sob os escombros em Porto Príncipe, onde trabalhava como missionária.

Ao saber que ela tinha ficado totalmente soterrada, o marido, Frank, que estava na República Dominicana, dirigiu 160quilômetros até o Haiti e cavou com as próprias mãos até retirar Jillian viva e ilesa. Quando ele chegou só a mão dela era visível para fora dos escombros.

Outra história de sobrevivência foi contada pelo repórter da CNN Anderson Cooper.

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