Governo haitiano prevê chegar a 150 mil mortos até domingo

da Efe, em Porto Príncipe

O governo haitiano acredita que será confirmado um número de 150 mil mortos pelo terremoto antes da noite do domingo, disse neste sábado a ministra de Comunicação, Marie Laurence Lassegue.
No entanto, a ministra negou que seu governo tenha dado por finalizadas as operações de resgate, e disse que equipes mexicanas e dominicanas continuam pelo menos durante o dia de hoje a busca de possíveis sobreviventes, 11 dias após o devastador terremoto.
Lassec confirmou os números oferecidos pelo Ministério do Interior que, até ontem, tinham sido encontrados 111.499 cadáveres, mas disse que, "infelizmente, achamos que até no domingo vão aparecer 150 mil cadáveres".
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Quanto aos planos para abrigar os 610 mil deslocados --na maior parte em Porto Príncipe--, a ministra se limitou a precisar que serão construídos dois grandes acampamentos para eles, mas não quis identificar o lugar.
Hoje, está prevista uma reunião entre o governo haitiano e as agências da ONU para resolver divergências a respeito destes deslocamentos, mas a ministra não quis entrar em detalhes sobre o motivo das diferenças.
Bancos
Além disso, ficou efetiva hoje a abertura dos bancos, adiada desde quinta-feira passada. Em cada filial bancária aberta, houve filas de centenas de pessoas que esperavam para poder retirar um pouco do dinheiro pela primeira vez há 11 dias, em um ambiente de relativa calma.
O terremoto de 7 graus na escala Richter que atingiu o Haiti ocorreu às 19h53 de Brasília do dia 12 de janeiro e teve epicentro a 15 quilômetros da capital, Porto Príncipe.
Pelo menos 21 brasileiros morreram na tragédia, sendo 18 militares e três civis, entre eles a médica Zilda Arns, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, e Luiz Carlos da Costa, o segundo civil mais importante na hierarquia da ONU no Haiti.

Do Folha on-line