segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Passeata de 10 mil pessoas abre o Fórum Social Mundial

Protestos iam desde a defesa da causa palestina ao pedido de impeachment de Yeda Crusius


Correio do PovoFoto por Correio do Povo
Passeata pelas ruas de Porto Alegre abre o Fórum Social Mundial

Cerca de 10 mil pessoas participaram nesta segunda-feira (25) da passeata de abertura do Fórum Social Mundial, no centro de Porto Alegre. A marcha partiu do centro da cidade e foi palco de diversos protestos até a chegar à beira do rio Guaíba.
À frente da passeata, um grupo de representantes de religiões de matriz africana abria caminho para a romaria de centrais sindicais, partidos, estudantes, ambientalistas, representantes do movimento negro, da comunidade GLBTT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, travestis e transexuais), de defesa da causa palestina e até manifestantes pedindo o impeachment da governadora Yeda Crusius.
Para o estudante Calimério Júnior, da Rede de Educação Cidadã, a “caminhada sintetiza o Fórum”.
- O grande sentimento aqui é a essa diversidade, a partilha com os outros movimentos. E isso dá muita energia para o trabalho ao longo do ano.
Entre as bandeiras e faixas espalhadas pelo caminho, viam-se palavras de ordem contra o neoliberalismo, reivindicações sindicais e defesa da soberania na exploração do petróleo da camada pré-sal. Carregando uma grande faixa vermelha, o representante da Marcha da Maconha, Laurence Gonçalves, aproveitou a caminhada para defender o “controle público do uso das drogas”. Com a revisão da legislação dentro e fora do Brasil.
Vários países proíbem o consumo, a produção e até o porte de algumas drogas, quando, no entanto, as forças institucionais trabalham com o tráfico ilegal também: a polícia, os governos. O controle tem que ser feito pela cidadania, e não como está, com o caos, com pessoas morrendo sem assistência médica.

A deputada federal Luciana Genro (PSOL) comemorou a volta do Fórum a Porto Alegre, cidade onde foi criado em 2001, e defendeu mais articulação entre as diversas organizações e movimentos sociais que participam do evento.
- É uma grande honra receber em Porto Alegre todas essas pessoas que insistem em continuar acreditando que um outro mundo é possível. É preciso que os movimentos sociais se unam em torno de suas reivindicações, independentemente de haver pessoas de partidos diferentes no movimento. As lutas são comuns.

Do R7

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